MEMÓRIAS DE PAULO MENESES À SEU FILHO - PAULINHO

MEMÓRIAS DE PAULO MENESES À SEU FILHO - PAULINHO
"Escrevo essa história, embora tenha sido uma rápida passagem, mas que tem conteúdos para serem relatados.
Pedaços de uma vida curta, que foram bem vividos. E que , pela sua importância em nossas vidas, vale à pena escrever para não esquecê-la".
Nosso casamento: dia 22 de fevereiro de 1974. (6ª feira as 19 horas)
Falecimento do Paulo: dia 01 de setembro de 1974. (Domingo, 00 horas e 45 minutos)
Elcely Soares Dourado. Hoje: Março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

O casamento

"A cada dia, aceite tudo o que lhe acontecer como um presente. À noite, devolva tudo, em pensamentos. Dessa forma, você se libertará.
Ninguém, em nenhum momento, poderá lhe roubar coisa alguma, pois nada pertence a você"
                                                                                                                                          Daniel Levin


Ano de 1973 ______Ano de 1974
Começamos a pensar em casamento.
Marcamos a data de casamento: 22 de fevereiro de 1974.
Paulo, começou a compra de nossa casinha, num conjunto habitacional do governo.

Escolhemos a casa e começamos a mobiliar que  aos poucos  foi se encaixando no seu devido lugar.
O ano de 1973, foi somente preparativos para nosso casamento.
Igreja, padrinhos, convidados,  vestido de noiva, traje do noivo, bufet, e tudo necessário para uma grande festa.
Afinal era a primeira filha de Phebus Dourado, que estava casando e tudo a gosto dos pais.
Terminou o ano de 1973.


Entrou o ano de 1974.
22 de fevereiro de 1974 na capela do Colégio Santa Clara, às 19 horas,  foi a cerimônia do casamento católico e civil.
Mais ou menos uns 150 convidados.
A festa foi na casa de meus pais, nessa época era comum a festa de  casamento ser na casa dos pais.
Foi uma bela festa, com mesas fartas de doces e salgados, (feitos com carinho pelo casal, sr. Machadão e Dona Argentina, pais da Sara minha amiga até os dias de hoje) e um belo jantar oferecido por minha mãe.
Meu Deus, quanta felicidade.
Sentia que era  a noiva mais feliz da terra.
Com um vestido escolhido a meu gosto. Tudo do jeitinho que eu sonhava.
Tiramos fotos e dançamos muito.
Quando somos jovens, sempre é pouco para ficar cansados.
Resolvemos, depois dos festejos irmos a uma boate para terminar a noite de casamento, que era numa 6ª feira.
Ao voltar pra casa, eu falei: Ai, Paulo estou morta de cansada, quero ir para minha casa.
Ele falou, mas sua casa agora é a nossa casa.
Eu falei: eu quero dormir na minha cama.
Ele falou: mas vamos dormir na nossa cama.
Eu comecei a chorar e ele pacientemente entendeu tudo.
Fomos para  a casa de meus pais, minha mãe veio abrir a porta e falou: o que foi?
O Paulo respondeu: vim devolver sua filha !
Meu Deus, o que foi?
Eu entrei chorando, quero dormir na minha cama.
Dai entrei, O Paulo me beijou e foi pra casa dele.
No outro dia, foi uma gozação...
Eu acordei na casa de meus pais e o Paulo na nossa casa sozinho.
Os tios dele tinham vindo de Belem para assistir o casamento e riram muito do ocorrido.
No outro dia, 23 de fevereriro, era um sábado e mamãe preparou um almoço para os familiares do Paulo. No qual o assunto do almoço foi a lua de mel, kkakakakakakk


As 15 horas embarcamos para Belém com os tios do Paulo e de la seguiriamos para Salinópolis.


Foram duas semanas maravilhosas que ate os dias de hoje lembro detalhe por detalhe daqueles momentos  que passamos juntos.


Salinas (Salinópolis-Pá),  ficou na minha memória pra sempre.
Detalhe: Até os dias de hoje, sempre que posso volto lá com minha familia pra curtirmos aquele lugar paradizíaco.
Depois desses quinze dias de lua de mel, ficamos um tempinho em Belem onde conheci alguns parentes do meu esposo, Paulo Meneses, conheci seu pai Sr. Pedro e sua segunda esposa com seus irmãos por parte do pai. E dois irmãos por parte de pai e mãe.
Fiquei e gostei muito das primas dele, Anicinha e  Nagla, mais uns primos Odilardo Filho, e Bernardo, os outros eram menores de idade.


A volta para Santarém, foi normal, somente eu me atrapalhei ao arrumar as malas, tive de pular em cima delas pra ter de fechá-la, pois na ida minha mãe que arrumou com a ajuda de minhas irmãs.
Vida nova para um casal cheios de sonhos para realizar.


Vida Nova, aí sim, fui pra minha casa, e lembro com muita emoção que o Paulo, me carregou nos braços e falou: está é sua casa, é coisa pequena, mas é seu, meu  e de nosso filhos daqui pra frentre. Nunca esqueci esse detalhe. Porque o que passei depois de muitos anos, tive uma vida bem mais confortável e nunca soube o que realmente era a felicidade junto de alguem que amamos. Somente meus filhos receberam e me dão amor pra sempre.
Mas a vida continua e logo contarei como foi minha vida, depois do casamento.
Chegamos  mais ou menos nos primeiros dias do mes de março de 1974.

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